Bom pessoal, esse espaço foi criado para que eu pudesse expor e dividir minhas dores, angústias e até alegrias advindas de um relacionamento prematuramente acabado. Mas, nesse momento, como educadora que sou, não teria como não utilizá-lo para abordar o tema educação, em especial valorização do profissional do magistério.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96 estabelece no artigo 3º, inciso VII, o princípio da valorização do profissional da educação escolar. Esse princípio vem sendo negligenciado pelas políticas públicas de educação. Desta forma, nós atuamos na área que concentra os mais baixos salários do setor público. Apesar do assunto estar na pauta do dia faz tempo, o poder público ainda não criou instrumentos e mecanismos para que esse princípio saísse dos papéis e dos discursos. Caberia, então, à sociedade exigir o cumprimento da Lei.
Nesse sentido, o Acalanto.Com parabeniza a participação da professora Amanda Gurgel, em audiência púbilca, denunciando essa situação. Tenho certeza que a fala da professora do Rio Grande do Norte é o eco das vozes dos professores de todo o país. Fico com o coração acalantado ao assistir, no vídeo que segue, a democracia e a participação se concretizando. Mais uma vez, parabéns Amanda e obrigada.
Domingo, outono, as folhas secas cobrem o quintal. A promessa da renovação que se anuncia nesta estação. O sol pálido seca lentamente o meu rosto. É a lembrança de seus olhos. Penso em Neruda: chegar ao outono, atravessar o inverno para no verão dormir com os olhos da amada, abrindo mão, assim, da primavera. O vento sopra em meus cabelos, distraio-me com o passarinho preguiçoso que desperta no varal e as roupas úmidas que insistem em secar lentamente. Como vou trabalhar amanhã? Uma nuvem transitória timidamente se aproxima: vem chuva! E você?
Domingo, outono, Neruda e você em mim... ainda.
(domingo, 14/05, tarde de outono)
Te amo sem saber como, nem quando, nem onde
Te amo directamente sem problemas nem orgulho:
Assim te amo porque não sei amar de outra maneira.
Praia da Boa Viagem, 22:14. Ela viveu um dia daqueles. Aliás, ultimamente todos os seus dias eram daqueles. Ela o viu e pela primeira vez não tremeu. Mas seu corpo pedia, sua boca queria e as mãos não resistiram acariciar seus cabelos sob o pretexto do desarrumado. Seguiram juntos no mesmo carro. Silêncio profundo. De repente, as duas vozes em um único som... Eu. Mas o assunto era banal. Ela queria dizer que estava com saudade e precisava de um abraço seu. Sentiu medo. Queria ouvir: "Estou com saudade, me dá um abraço." Ela distría-se olhando para o seu rosto imaginando sua expressão ao ouví-la dizer... É... Eu... Nó na garganta, borboletas na boca do estômago e o terror da rejeição Emudeceu, esmoreceu e decidiu seguir seu dia daqueles, como eu disse. Ela estava mal humorada, não era TPM. Ultimamente os seus dias tinham sido sempre daqueles.